Os slats são parte essencial dos ninhos automáticos. E o fechamento frontal tem grande importância para o melhor desempenho de todo o sistema
Nem modernização nem tendência
Ninhos automáticos não são uma tendência! Também não se trata de mera modernização. Eles são uma NECESSIDADE para quem deseja produzir ovos com qualidade e de forma competitiva. Especialmente para conseguir atender as exigentes demandas requeridas pelo mercado atual. Com mão de obra cada vez mais difícil e por isso mesmo mais cara, esses sistemas se apresentam como a melhor alternativa para os produtores de ovos. Os sistemas de coleta automática de ovos evoluíram muito, com retorno sobre o investimento acontecendo em prazos cada vez menores.
Slats: definições e características
Os pisos de slats (estrados) surgiram para facilitar o acesso das aves aos ninhos automáticos, porque as esteiras de ovos ficam sempre acima do nível do solo. Inicialmente, os projetos eram desenhados com cobertura de slats em 100% da área de piso. Isso deixava todas as aves em um mesmo nível, sendo os ninhos as únicas estruturas elevadas. Porém, as dificuldades de instalação/manutenção, o custo mais alto e a ausência de área com cama acabou por mudar essa condição. As instalações agora têm quantidade de slats limitada, com no máximo 50% da área coberta por estrados.
Os estrados de acesso são montados geralmente com os ninhos no centro da construção, com uma faixa de slats de cada lado. A superfície elevada fica levemente inclinada, conduzindo as galinhas para as entradas dos módulos de postura. Os espaços entre os slats e as muretas são cobertos com cama. Bebedouros ficam instalados sobre os slats e, em algumas ocasiões, uma parte dos comedouros também. A largura da faixa de slats depende da quantidade de aves, largura do galpão e quantidade de ninhos.
A altura desde a cama até a borda dos slats não deve ultrapassar 35-45 cm, medidos desde o piso original do galpão. Com a adição de cama, a altura efetiva ficará um pouco menor. Um “degrau” maior pode trazer dificuldades de acesso, especialmente para matrizes pesadas. À medida que o lote envelhece, as aves ganham peso e perdem agilidade. Além disso, a cama tende a ficar menos espessa. Então é preciso considerar essas variáveis já na hora de instalar os slats.
Vantagens em planejar o layout
A configuração com slat central proporciona excelente área de acasalamento sobre a cama, para lotes de produção de ovos férteis. Além disso, esse arranjo faz que parte das aves se posicionem no centro do galpão, onde prevalece melhor circulação de ar. O sistema de ventilação possibilita sensação térmica otimizada, devido à distribuição linear dos equipamentos. Tais aspectos tendem a desencorajar aglomerações e eventuais problemas decorrentes disso.
Principais benefícios do uso de slats:
- Melhores condições higiênicas na área mais próxima aos ninhos
- Permite às aves beber água próximo da entrada dos ninhos
- Secagem natural de dejetos depositados abaixo dos estrados
- Espaços adequados e bem distribuídos para movimento das aves
- Redução na quantidade e custos com maravalha (aquisição/tratamento)
- Distanciamento da sujeira/umidade em relação aos locais de postura
Fechamento frontal é muito importante!
Nas instalações dos slats, o chamado fechamento frontal tem um papel fundamental: separar a cama da área com piso elevado. Para isso, deve conseguir conter a maravalha (ou outro material usado na cama), mas também possibilitar a circulação de ar abaixo dos estrados. Precisa ser robusto para reter as aves e também ser durável, frente as condições corrosivas do ambiente. E ainda deve atender as necessidades de higienização e desinfecção usuais nas granjas. E existem vários modelos de fechamento frontal (ou “tábua de fechamento”).
Grades de aço galvanizado são uma opção comum, mas não conseguem reter toda a maravalha. Sua resistência à corrosão também é limitada. Um outro modelo utiliza chapas de compensado naval plastificado (o mesmo material de alguns ninhos), dotado de orifícios para circular o ar. Por isso, às vezes esse componente é chamado de tábua de fechamento. Esse elemento faz barreira sólida para a cama, com boa resistência mecânica. Contudo, após sucessivas desinfecções com agentes químicos, as placas de compensado naval podem diminuir sua vida útil.
A madeira plástica é livre de corrosão, imune a pragas, é totalmente impermeável e resiste completamente aos agentes desinfetantes.
Uma solução recente consegue reunir todas as melhores características, para um ótimo fechamento frontal. São placas produzidas em “madeira plástica”, um composto de fibras de madeira (serragem) com resíduo plástico reciclado. Rígido, sem farpas nem rachaduras, o material é livre de corrosão e imune a pragas (cupins, insetos e roedores), é totalmente impermeável e resiste completamente aos agentes desinfetantes. Sua durabilidade é de décadas, o que faz que seu custo x benefício seja excelente. Os suportes são feitos do mesmo material, montados através de encaixe fácil.
